Novo Citroën C4 Cactus: Via dupla para o sucesso
Lançado no final da primavera, o novo Citroën C4 Cactus assumiu a missão de prolongar o sucesso do modelo antecessor. Refreou, contundo, a irreverência que o caracterizava, de modo a desempenhar o papel de berlina compacta da marca, substituindo o convencional C4.
Numa espécie de dois em um, o C4 Cactus converte-se na principal referência do segmento C do construtor francês, não perdendo o design jovem, inovador e apelativo que marcava a geração anterior, juntando-lhe pormenores estilísticos mais clássicos que o tornam também muito atrativo para quem procura carro adulto, um familiar, portanto.
Pondo de lado a vocação 'crossover' do Cactus, as mudanças mais evidentes estão na redução dos 'Airbumps', inovadores protetores laterais agora relegados para a zona inferior das portas, no desenho dianteiro que constitui a nova imagem da marca e nas ópticas traseiras, para além de muitos outros retoques. A carroçaria está maior, fluida, o tejadilho prolongado continua a destacar-se e há possibilidade de 31 personalizações distintas e nove cores disponíveis.
Porém, é ao nível do conforto para passageiros que o novo Citroën C4 Cactus apresenta o seu principal argumento. Desde logo pela introdução de um sistema de suspensão hidráulica progressiva (tecnologia exclusiva da marca) com dois batentes nas extremidades para alívio e compressão, que resulta num filtro eficaz para as irregularidades do piso. Não será como "andar num tapete voador", mas o 'Progressiv Hydraulic Cushions' relembra a tradição da "boa suspensão dos carros franceses", em especial dos Citroën, tão apregoada pelos detentores dos seus modelos mais icónicos.
Os bancos 'Advanced Confort' tipo sofá da sala, que empregam materiais mais resistentes e confortáveis, ajudam a complementar o item do conforto a bordo, pecando apenas na falta de apoio lateral nos lugares dianteiros.
O interior
do C4 Cactus é simples, minimalista, mas dotado de múltiplos de espaços de
arrumação, com a bagageira a dispor de generosos 358 litros.
Ao nível do equipamento, não falta um completo lote de sistemas de assistentes de segurança e conectividade, como o alerta de transposição de faixa de rodagem, controlo de ângulo morto, aviso de colisão travagem de emergência, reconhecimento de sinais, câmara traseira de estacionamento, entre outros, com muitas das funções do carro a serem ministradas através de ecrã tipo tablet de 7''.
Falando de motores, o ensaio efectuado pelo Regiãonline foi feito com a versão 1.2 PureTech 110 cv, a gasolina, assente num três cilindros turbocomprimido que deixou sinais bastante positivos. Associado a caixa automática EAT6 de seis velocidades, suave e bem escalonada, permite condução tranquila e alguma dinâmica quando é chamado a regimes mais elevados. 205 Nm às 1500 rpm, 11,0 segundos dos zero aos 100/km h e velocidade máxima de 188 km, são referências a ter em conta.
A resposta pronta, em estrada ou cidade, o baixo índice de ruído e o consumo moderado (na casa do 6,2 l/100 km, a marca anuncia 5,1 l/100 km), fazem desta uma opção válida à versão diesel (1.6 BlueHDI, de 100 cv), cerca de 4.000€ mais cara.
O Citroën C4 Cactus 1.2 PureTech 110 EAT6 tem preço de venda a partir de 18.907€. O nível de equipamento Shine eleva o preço para os 20.057€.
Paulo Parracho