Lisboa e Cascais vão ter formação sobre alertas de tsunami
Os municípios e populações de Lisboa e Cascais terão, até ao final do ano, formação para interpretar alertas sonoros de tsunami emitidos por um sistema de alarme, disse hoje à Lusa o primeiro-secretário da Comissão Executiva Metropolitana de Lisboa.
Segundo Carlos Humberto, o "local exato" onde serão colocados os equipamentos nos concelhos de Lisboa e Cascais está atualmente a ser estudado, em articulação com a Proteção Civil.
A instalação deverá estar concluída até ao final do ano e envolve várias ações de sensibilização à população.
"Os equipamentos ou conhecimentos científicos e técnicos têm de ser o mais disponíveis possível para as pessoas. Procuraremos acompanhar a localização física dos equipamentos com ações de sensibilização e disseminar conhecimentos, para explicar à população como vai funcionar e quais os tipos de aviso que emitirá", disse o também ex-presidente da Câmara do Barreiro, à margem da apresentação do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas de Lisboa.
A instalação do sistema de alerta de tsunami é um dos eixos de atuação que a Área Metropolitana de Lisboa (AML) está a seguir em consequência dos impactos das alterações climáticas.
"Face às consequências das alterações climáticas, agimos de forma articulada com os municípios, em várias direções - por um lado, o plano que visa dar resposta às alterações climáticas, que é um problema do presente e não do futuro; por outro, a instalação do sistema de alertas de tsunami", afirmou.
Relativamente ao momento em que se optou pela instalação dos sistemas, o primeiro-secretário afirmou que os "processos são demorados" e que o processo "começou há mais de dois anos".
"A candidatura para a instalação do sistema de alarme de tsunamis foi demorada, começou há mais de um ou dois anos, mas a consciência de que cada vez mais podemos estar sujeitos a fenómenos deste tipo obriga-nos a estar preparados", acrescentou.
Segundo o contrato publicado no Portal Base, a AML já adquiriu o sistema de alerta a uma empresa espanhola, por ajuste direto, por cerca de 48.500 euros, aos quais acresce o IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado).
O contrato define "a integração e interoperabilidade com o sistema de aviso já instalado no município de Cascais", bem como a "instalação de quatro sirenes de aviso, dois centros de controlo, com possibilidade de extensão/interface dos mesmos para a entidade adjudicante, de uma rede de comunicações entre os vários locais (sirenes de aviso e centros de controlo)".
O Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas, que se prevê estar no terreno em 2019, tem um especial enfoque na eficiência energética e nos transportes.