Sismo em Portugal com quatro réplicas de pequena magnitude

26-08-2024

O sismo ocorrido esta madrugada em Portugal teve uma intensidade máxima de IV/V na escala de Mercalli, ou seja, graus entre moderada a forte, e já teve quatro réplicas, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

"Até ao momento foram registadas quatro réplicas de pequena magnitude, não tendo nenhuma delas sido sentida pela população", refere o IPMA em comunicado, acrescentando que o sismo de magnitude de 5,3 na escala de Richter foi registado às 05:11 nas estações da Rede Sísmica do continente, com epicentro a cerca de 60 quilómetros a Oeste de Sines.

"Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima IV/V (escala de Mercalli modificada) na região de Sines, tendo sido sentido com menor intensidade na região de Setúbal e Lisboa", refere o IPMA.

Um sismo com intensidade IV, considerada moderada, tem uma "vibração semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados ou à sensação de pancada duma bola pesada nas paredes", também há casos em que os "carros estacionados balançam", as janelas, portas e loiças tremem, segundo o IPMA.

"Os vidros e loiças chocam ou tilintam. Na parte superior deste grau as paredes e as estruturas de madeira rangem", acrescenta o IPMA.

Com intensidade V, considerada forte, os efeitos podem sentir-se fora de casa, caso ocorra durante a noite pode acordar as pessoas, "os líquidos oscilam e alguns extravasam", explica o IPMA.

"Pequenos objetos em equilíbrio instável deslocam-se ou são derrubados. As portas oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e os quadros movem-se. Os pêndulos dos relógios param ou iniciam ou alteram o seu estado de oscilação" quando de regista uma intensidade de V.

As réplicas tiveram magnitudes de 1,2, 1,1, 0,9 e 1,0.

Marcelo elogia resposta das autoridades e diz que "funcionou aquilo devia ter funcionado"

O Presidente da República enalteceu hoje a capacidade de resposta "muito rápida" das autoridades e a "muito boa coordenação entre o Governo e a Proteção Civil" referindo que "funcionou aquilo que devia ter funcionado" na resposta ao sismo.

PR elogia resposta das autoridades e diz que

Em declarações aos jornalistas após um encontro com Paulo Rangel - primeiro-ministro em funções durante a ausência de Luís Montenegro - no Palácio de Belém, Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa detalhou que a capacidade de resposta da Proteção Civil "só não foi mais rápida porque havia que validar as informações" entre as 05:11 e as 05:50.

O Presidente da República sublinhou a coordenação entre as autoridades referindo que o "primeiro-ministro em funções comunicou à Presidência da República muito poucos minutos depois de ter sabido e muito poucos minutos depois de ter ocorrido o sismo e decidiu imediatamente fixar a reunião" inicialmente agendada para as 09:00 e posteriormente adiada para as 10:00.

"Não se sabia na altura da incidência total - que felizmente não é o que se temia - do sismo. Portanto, a mensagem é muito simples: serenidade, tranquilidade, normalidade, quem andar por Lisboa verifica isso e a informação que temos de outros pontos da área teoricamente abrangida é a mesma, é um começo de semana normal, natural e, portanto, sem razões nenhumas da preocupação particular", disse o chefe de Estado.

O Presidente da República considerou ainda que, na reação a este sismo, "funcionou aquilo que devia ter funcionado" e realçou o trabalho das autoridades na validação da existência ou não de danos pessoas e patrimoniais.

O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado às 05:11 e teve epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal, não causou danos pessoais ou materiais até ao momento, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).