Testes de fertilidade: Como saber se posso ter filhos?
Se está a tentar engravidar há um ano, sem sucesso, está na altura de procurar um especialista em reprodução assistida para descobrir o que pode estar a acontecer. Mas, se já tem 35 ou mais anos, não espere mais do que seis meses para ir ao médico, porque a fertilidade a partir desta idade diminui de forma muito substancial.
Quando o objetivo é tentar engravidar, o tempo pode ser o seu maior aliado ou o pior inimigo. O que é fácil para algumas mulheres, pode não ser fácil para outras. Um dos fatores determinantes é a idade. Se está a tentar engravidar há um ano, sem sucesso, está na altura de procurar um especialista em reprodução assistida para descobrir o que pode estar a acontecer. Mas, se já tem 35 ou mais anos, não espere mais do que seis meses para ir ao médico, porque a fertilidade a partir desta idade diminui de forma muito substancial. A Dra. Catarina Marques, especialista em ginecologia e medicina de reprodução, explica-lhe que testes de fertilidade feminina podem ser feitos quando se quer ter um filho.
Se falarmos do diagnóstico da mulher, os testes de fertilidade feminina consistem em conhecer o estado hormonal através de exames de sangue, uma ecografia vaginal para fornecer mais informações sobre a cavidade uterina, endométrio e ovários, e ainda o historial clínico. "Nesta fase, o especialista em reprodução assistida vai procurar saber se a mulher já foi mãe, se sofreu um aborto espontâneo, se passou por cirurgias ou se sabe da existência de alguma condição, como a endometriose ou a síndrome dos ovários poliquísticos, que dificultam a gravidez e podem mesmo levar à infertilidade quando não são devidamente acompanhados e tratados", sublinha a especialista do IVI Lisboa.
Dra. Catarina Marques, especialista em ginecologia e medicina de reprodução
Os testes de fertilidade feminina são importantes?
São essenciais para que qualquer tipo de tratamento de reprodução assistida possa ser realizado posteriormente. Um diagnóstico preciso e precoce da fertilidade, tanto feminina como masculina, pode marcar o sucesso do tratamento futuro. Desta forma, a equipa médica também vai conseguir personalizar o tratamento para as necessidades da mulher ou do casal. É por isso que é tão importante testar a fertilidade, feminina e masculina. "Em 30% dos casos, a origem da infertilidade está na mulher, mas em outros 30% é devido a um fator masculino. Na verdade, noutros 30% dos casos, a causa pode estar em ambos", refere a médica.
Tipos de testes de fertilidade feminina
Após a avaliação geral do estado de saúde, o especialista vai fazer perguntas sobre outros fatores que podem estar a afetar a fertilidade, como o estilo de vida e a alimentação. Com todas essas informações, a equipa médica estará em condições de indicar quais os exames de fertilidade feminina que devem ser realizados. A Dra. Catarina Marques deixa-lhe alguns exemplos.
Ecografia transvaginal
Analisa o estado do sistema reprodutor feminino. Este teste permite observar o útero e verificar se os seus ovários estão a funcionar bem. Além disso, esta ecografia também pode ser usada para contar os folículos durante os primeiros dias do ciclo, o que fornece informações sobre a reserva ovárica. Por outro lado, o especialista pode recomendar a realização da citologia do colo do útero (um dos exames de rastreio do cancro do colo do útero).
Histerossalpingograma
Este teste é uma espécie de Raio-X utilizado para visualizar as trompas e a cavidade uterina. Ou seja, este teste permite ver se as trompas têm capacidade para deixar passar os espermatozoides, com o objetivo de encontrarem o óvulo e fecundá-lo.
Análise hormonal
As hormonas desempenham um papel importante na capacidade reprodutiva da mulher. Se sofre de qualquer tipo de alteração hormonal, o ciclo menstrual pode ser alterado, dificultando a gravidez. Os especialistas podem recomendar este estudo hormonal entre o segundo e o quinto dia do ciclo menstrual, com exceção do teste de progesterona, que deve ser feito aproximadamente no 21.º dia, para descobrir se a ovulação ocorreu. Diferentes hormonas podem ser medidas para diagnosticar a fertilidade feminina.
Biópsia endometrial
Neste exame, é retirada uma amostra do tecido endometrial para analisar possíveis anomalias a nível das células. Este teste está recomendado em situações de falha na implantação de embriões e para determinar a própria recetividade do endométrio à implantação.
Avaliação do cariótipo
Este teste procura identificar possíveis irregularidades no número ou estrutura dos cromossomas, associados à falta de fertilidade nas mulheres. Esta avaliação é recomendada em situações de abortos espontâneos recorrentes e falhas de implantação.
Histeroscopia (HSC)
Usando um histeroscópio (um tubo fino equipado com uma câmara), este exame pode detetar alterações no útero e no endométrio, como pólipos e miomas. Também facilita a identificação do motivo pelo qual a gravidez não é alcançada, sendo especialmente recomendado em casos de perda espontânea e antes de iniciar qualquer tratamento de fertilidade, quando existe suspeita de patologia intracavitária.
Sobre o IVI – RMANJ
O IVI nasceu em Espanha, no ano de 1990, como a primeira instituição médica especializada integralmente em Reprodução Assistida. Desde então, já ajudou mais de 250.000 crianças a nascer, graças à aplicação das mais recentes tecnologias. No início de 2017, o IVI fundiu-se com a RMA, tornando-se o maior grupo de reprodução assistida do mundo. Atualmente, possui mais de 80 clínicas e 7 centros de investigação e é líder em medicina reprodutiva. www.ivi.pt - www.rmanetwork.com.